Apesar de parecerem tão antagônicos os termos, guerra e evolução, ambos termos se completam. O primeiro, já pela pronúncia, ou pela simples interpretação da palavra no nosso raciocínio, de imediato, nos pressupõe tudo o que possa haver de negativo. Não quero aqui afirmar que guerras não sejam isso. Apesar de toda destruição, brutalidade, covardia, e mortes que são consequências dessa, a iminência de um grande conflito armado fora, no meu entendimento, a grande força motriz, o impulso necessário, para que as sociedades, envolvidas em tal, tivessem exponencial avanço em questão de tecnologia frente aquelas nações menos envolvidas nas ações belicosas.
A biologia mesmo pode nos dar o suporte deste raciocínio. A evolução, a diversidade de seres hoje existentes, os grandes biomas, e a própria seleção natural, nos prova isso. Desde de que fora possível o surgimento da vida em nosso planeta, na chamada atmosfera primitiva, os microscópicos seres que lá foram surgindo, de imediato, começaram a disputa pelo meio, a sua busca pela sobrevivência em meio tão hostil, e buscando a sua superioridade sobre os que os circundavam, procuraram se associar a outros seres que lhes fornecessem os benefícios necessários para prevalecer frente a seus concorrentes -- a exemplo de nossas valiosas mitocôndrias que nos fornecem energia, e que possuem o próprio DNA e auto-controle de sua reprodução -- assim fora surgindo os organismos mais complexos e resultando no que é hoje.
Logo, a biologia também nos justifica os dizeres de Hobbes, da natureza destrutiva e competitiva do ser humano desde o seu existir. Há ainda quem diga que desde o nosso nascimento estamos programados para matar, mas o carinho materno e paterno nos torne afetivos como hoje o somos.
Ainda na pré-história, temos o primeiro grande conflito de nossa espécie, tivemos contato com nossos primos distantes do norte, os neandertais. Hoje analisando, só sou capaz de relacionar o desenvolvimento da roda, ou objetos arredondados, para uma possível utilização durante a ação bélica, ou sendo menos extremo, para o uso na caça, que não é uma guerra, mas não deixa de ser uma luta pela sobrevivência, ou uma competição.
Daí então o emprego da sílica, na fabricação de armamentos, o domínio da cerâmica, a sedentarização do homem, outrora um nômade, apartir do desenvolvimento da agricultura e por aí vai. Em segundo plano, o maior emprego da capacidade de raciocínio, manifestações de pinturas rudimentares em rochas, e o consequente desenvolvimento do nosso cérebro, no lado físico, e do intelecto.
Já em tempos menos distantes, maiores disparidades e evidências de que a competição leva ao desenvolvimento. Tivemos as grandes civilizações da história postadas onde a geografia facilitasse a produção de alimentos e a vida sobre tal, consequentemente a razão da disputa pelos mesmos territórios, a exemplo dos egípcios, nas margens do rio Nilo, os povos da Mesopotâmia, a região da Ásia Menor, entre outras. E, posteriormente, a chegada do homem europeu à América. Claro que haviam nações nativas que apresentavam, toda uma estrutura e organização, em muitos aspectos, superior as nações europeias, porém, nestas, a prática da guerra era constante, com os exemplos das civilizações Azteca e Maya, no que hoje é o México. Porém, haviam também, culturas que apresentavam grande atraso com relação a estes outros povos citados. Alguns ainda na idade da pedra lascada, por apresentarem relativa passividade no meio onde viviam.
Agora em tempos modernos, as grandes potencias, neocoloniasmo e Revolução Industrial, grandes potências bélicas. E, contemporaneamente, os estudos sobre a energia nuclear e seus derivados, muitos positivos, porém, outros negativos para a humanidade, o GPS na guerra fria, e, enfim, armas químicas, biológicas, nucleares, que nem sabemos ao certo o que podem causar.
Espero que tudo torne em benefícios para humanidade em breve, afinal, de muito ainda necessitamos. ^^
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário